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CARLOS BERTOLAZZI: HELL CHEF, HOMEM GOURMET E AUTOR DE SUCESSO

  • olharesviajantes
  • 4 de jan. de 2015
  • 3 min de leitura

“O pato é tão ave quanto o frango. Ele tinha direito de ter sua própria coxinha”

Bertolazzi, Carlos.

Quando li essa frase do chef Carlos Bertolazzi já sabia que a conversa que ia ter com ele seria no mínimo, diferente. Já tinha devorado todas as 2721974 páginas do livro "Ichef: Histórias e Receitas de um Chef Conectado", assistido a ótimos episódios de Homens Gourmet, exibido pelo canal Fox Life, e esperava pela estreia de Cozinha Sob Pressão, versão brasileira do famoso reality Hell’s Kitchen.

Bertolazzi superou todas as expectativas. Ele não só é tão acessível como aparenta nas redes sociais, mas também é ótimo de papo! O Olhares não resistiu e raptou o chef entre um compromisso e outro e compartilhou um café, muitas risadas e ótimas histórias.

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O INÍCIO

Mesmo não nascendo entre receitas e panelas, Bertolazzi já tinha intimidade com aromas e sabores: "Quando o meu pai se separou da minha mãe, cada vez que eu ia jantar com ele era em um lugar muito diferente. Comida coreana, japonesa, de todos os tipos. Isso foi ajudando a criar uma memória.Na construção de um chef é importante ele estar exposto a vários tipos de sabores, e pra mim isso começou muito cedo."

Administrador por formação, esperou até os 33 anos para mudar de vida. Trocar os números da bolsa de valores pelas cozinhas.

Os primeiros passos foram acompanhados da mãe, fazendo bicos no bufê C.U.C.I.N.A.

Estudou gastronomia no Piemonte, estagiou no Flipot, restaurante italiano com duas estrelas no respeitado guia "Michelin". Trabalhou nos nova-iorquinos Alta e Falai. A lista é longa e cheia de experiências gastronomicas para ninguém colocar defeito.

INTERAÇÃO COM O PÚBLICO

Uma das marcas de Bertolazzi é o gosto pelas redes sociais. Compartilha fotos, responde dúvidas, o chef não desliga um minuto!

"Eu sempre acreditei em uma rede social bem pessoal. Aquela coisa de “atualizado por Carlos Bertolazzi e sua equipe” minha equipe o cacete. Ou eu estou disposto a estar lá e ser eu mesmo ou não vamos fazer."

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LIVRO DE RECEITAS?

Este ano ele lançou o livro "Ichef: Histórias e Receitas de um Chef Conectado", onde reúne receitas e histórias com todo bom humor que já é típico.

"Receita se consegue em qualquer lugar hoje com a internet. No livro você não tem só as principais receitas da minha carreira mas também as histórias por trás e cada uma delas. Por exemplo o famoso Nhoque Zena, que nem existia no início do restaurante. Coisas que eu fiz quando estava estudando na Itália. Tem tudo lá!"

MERCADO GASTRONOMICO

"Um restaurante lá fora é geralmente gerido por menos gente, tem menos garçom no salão, menos gente na cozinha.

O brasileiro quando vai pra fora, ele ta na França então não está muito preocupado. Está de férias, é tudo maravilhoso. Demora duas horas um café mais a gente esta em Paris, né?

E aqui no Brasil ele não admite isso. Aqui vemos equipe muito grande, cozinha muito grande, é tudo muito grande. É uma coisa que tem que mudar, até por uma questão de sobrevivência do setor.

Eu acho que já esta mudando um pouco, o cliente brasileiro já esta curtindo mais a experiência. Por exemplo, a comida de rua, os Food Trucks, comer sem todo o conforto de um restaurante.

O cliente brasileiro espera ser muito bem atendido aqui e não tão bem atendido lá fora."

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A COXINHA DE PATO

O pato sempre foi uma carne que eu gostei muito. Tive a ideia de colocar em uma coxinha e deu mais certo do que o esperado!

Parei até em Nova York com essa novidade, participamos de uma feira gastronomica em que o sucesso foi tanto que me fez pensar em ficar por lá mesmo.

O ZENA

O Zena Caffè é outro grande amor de Carlos Bertolazi. Um pedaço da Itália, no coração dos Jardins, em São Paulo. O chef cuida dos mínimos detalhes, do saboroso cardápio até o atendimento.

"Saber receber o cliente é essencial. No Zena nós temos a política de todo mundo sempre sorrindo. É muito básico, né? Mas faz a diferença! Por exemplo, se eu chego no restaurante e sou mal atendido a experiência já vai ser horrível, já vou pegar as mínimas coisas para falar mal.

Mas se o atendimento é bacana, eu criei uma empatia com a equipe do salão, as vezes até trocar um filé à parmegiana por um frango é levado numa boa!"

Carlos Bertolazzi, reprodução

*Colaboração: Jéssica Luchi: jornalista, colecionadora de livros de gastronomia e super-chef nas horas vagas

 
 
 

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